Rio instala câmeras inteligentes para buscas criminais em segundos

Leia em 4 minutos
Rio instala câmeras inteligentes para buscas criminais em segundos

A prefeitura do Rio instalou as primeiras câmeras da Central de Inteligência, Vigilância e Tecnologia em Apoio à Segurança Pública (Civitas), para analisar milhares de situações simultâneas e realizar buscas criminais por imagem em segundos.

Até 2028, a cidade vai contar 20 mil câmeras de vigilância e monitoramento próprias. Destas, 15 mil serão as chamadas supercâmeras. Elas representam um salto tecnológico no monitoramento. As câmeras proporcionarão melhora de qualidade e ampliarão o apoio que o município já presta às forças de segurança e ao sistema de Justiça, com dados, inteligência e tecnologia de ponta.

“Estamos entrando na fase em que, cada vez mais, a Civitas vai dispor de instrumentos para auxiliar as forças de segurança no combate à criminalidade. As câmeras e as barreiras digitais já começaram a ser instaladas, com uma identificação muito clara da prefeitura do Rio”, disse o prefeito Eduardo Paes.

As novas câmeras utilizam inteligência artificial para interpretar vídeos em tempo real e gravados e ainda cruzar informações visuais, como tipo de veículo, cor, direção, acessórios e características de vestimenta, para identificar comportamentos suspeitos, reconstruir trajetos, analisar, identificar e rastrear dinâmicas criminais complexas com precisão.

A tecnologia amplia a capacidade e a qualidade da produção de provas e evidências das investigações e contribui para a melhoria da segurança pública na cidade.

Enquanto o olho humano consegue ver no máximo três situações ao mesmo tempo, as câmeras têm capacidade para identificar 3 mil situações diferentes simultaneamente. As supercâmeras estão sendo testadas com padrões recorrentes em dinâmicas criminais, como roubos, furtos, motos em calçadas e veículos na contramão. Também são analisadas imagens que ajudam a identificar e monitorar pessoas e veículos suspeitos.

“Não é novidade que a prefeitura trabalha de maneira intensa com o monitoramento da cidade. O Centro de Operações já faz isso desde 2010. O grande salto é que com o incremento dessas supercâmeras tecnológicas, o monitoramento passa a ser mais inteligente”, afirmou o chefe-executivo da Civitas, Davi Carreiro.

A busca criminal por imagem é a tecnologia que permite localizar pessoas, veículos ou objetos específicos em registros de vídeo. Diferentemente do reconhecimento facial, a ferramenta realiza buscas descritivas, cruzando características visuais, reduzindo o tempo de apuração e aumentando a eficiência das investigações.

Atualmente, o parque tecnológico do Rio reúne mais de 5 mil câmeras distribuídas em todas as regiões da cidade que compõem o cerco eletrônico. Até o fim deste ano, o sistema contará com mais de 3 mil supercâmeras. A meta é instalar 15 mil supercâmeras até 2028. Com isso, a cidade do Rio terá 20 mil câmeras próprias.

Todas as entradas e saídas da cidade serão monitoradas e, nas principais vias de acesso, serão instalados pórticos, que serão portais de monitoramento. Além do avanço tecnológico, a central  iniciou a padronização visual das câmeras da cidade, com novas cores e identidade que reforçam a presença da prefeitura do Rio e tornam o monitoramento mais visível.

Compartilhe esta notícia