Alguém, de sã consciência, poderia imaginar que o Real Madrid sofreria uma goleada (4 x 0) em plena Copa do Mundo de Clubes? Sofreu. E foi humilhado pelo PSG. Sim, esse mesmo PSG que, na fase de Grupos, foi derrotado (1 x 0) pelo Botafogo do Rio de Janeiro.
É o futebol com seus resultados inexplicáveis. E, em razão disso, muitas são as medidas precipitadas, tomadas de cabeça quente. Assim, no Real, já estão questionando as atuações dos brasileiros Rodrygo e Vini Jr. E estão avaliando também a presença de Endrick, que ainda não emplacou. Tinha que sobrar para alguém.
No Botafogo, pouco valeu a importante vitória (1 x 0) sobre o poderoso PSG. Logo após o alvinegro ter sido eliminado pelo Palmeiras, o dono da SAF botafoguense, Jonh Textor, demitiu o técnico português, Renato Paiva. Um absurdo. Mais absurda ainda foi a explicação dada por Textor. Ridículo.
No futebol, em todo lugar do mundo, alguém leva a culpa, quando há um fracasso. Geralmente o bode expiatório é o treinador. Mas pode ser um grupo como no caso do Real Madrid. É dose suportar quem não sabe perder.
Normal
Ser eliminado pelo Bahia, no Estádio da Fonte Nova, é a coisa mais natural do mundo. Não vejo motivo para reações incontidas de alguns grupos torcedores do Fortaleza. A insatisfação é compreensível. Tudo bem. Mas é inadmissível a reação que faz pressão além dos limites.
Avaliação
O Fortaleza, no processo de retomada, não pode ser avaliado pelo todo da crise, mas unicamente pela produção isolada de cada partida. A crise compreende o conjunto de insucessos. Mas a saída de uma crise acontece de forma gradual, ou seja, jogo por jogo. E é assim que o Leão deve ser avaliado.
Solução
Não há crise que termine de repente. Há um processo gradual de saída. Compreende o avanço nas produções, seguido de vitórias consecutivas. No interregno, pode haver algum tropeço intercalado. É um erro querer a retomada de uma vez. Isso não existe em lugar nenhum.
Consistência
Observem como o Ceará vem conseguindo administrar o êxito de sua retomada: sem alarde, com muito trabalho. O time ainda não está no ponto ideal. Pelo contrário: a cada jogo há uma transição em busca de algo mais consistente. Não Vozão arrisca um passo superior ao que as pernas podem alcançar.
Realidade
É fundamental que o time reconheça as suas próprias limitações, máxime diante de equipes poderosas. Não assume riscos desnecessários. É assim a correta postura alvinegra: realista e prudente. Atua com inteligência. Nada de precipitações. Em resumo: aplicação tática e muita responsabilidade.