Segunda escola do desfile do Grupo Especial de São Paulo desfilou na madrugada deste sábado (1/3)
A Barroca Zona Sul foi a segunda escola a desfilar na madrugada deste sábado no desfile do Grupo Especial do Carnaval de São Paulo, com o samba-enredo “Os nove oruns de Iansã”, trazendo os mitos das religiões de matriz africana à avenida. Mesmo tendo problemas técnico em um dos carros alegóricos, o desfile encantou os foliões, que vibraram com a escola paulista.
O desfile da Barroca contou com 17 alas, quatro alegorias e 1,8 mil componentes. Os carros alegóricos monumentais e fantasias fizeram homenagem à história de Iansã, divindade das religiões afro-brasileiras e à mitologia iorubá associada aos ventos e às águas.
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Bem no início do desfile, o segundo carro da Barroca teve um problema na concentração e acabou ficando travado bem em frente à torre de jurados por alguns instantes, o que abriu um “buraco” na avenida. Os foliões, no entanto, continuarão vibrando pela escola e pelo samba enredo.
A apreensão dos carnavalesco foi geral, mas logo o carro voltou ao movimento e a festa continuou, com os sambistas tendo que apressar o passo para alcançar a linha de chegada – faltando apenas um segundo para o fim do desfile.
Um dos destaques do desfile sem dúvidas foi a belíssima Rainha de Bateria Juju Salimeni e a Musa estreiante Kamila Simioni, que sambou com uma fantasia luxuosa de 10 mil cristais.
Confira a letra do samba-enredo:
Relampejou lá no céu, vai relampejar (bis)
Pra evocar Iansã, Oyá
Meu fundamento sempre foi vencer demanda
Barroca, ventania de aruanda
Ako Mia Dewáe, pessoas que são
Epahey oyá, oyá , oyá
Vou preparar o seu ajeun
Devoto eu sou mais um
Da Santa Sirtética
Os efóns dão axé e poder
Brilha a luz de yê yê
É tempesľade e trovoada
Diz a lenda sobre suas paixões
E o saber herdado dos orixás
Mas foi Xangô seu grande amor
O machado e a espada em tempos de paz
É noite de xirê no palácio da justiça
Quando Obaluaê veste a palha na ferida
Ao curar a dor do mundo com pipoca e dendê
A rainha das palmeiras destranca o orun ayê
Oyá é guardiã dos nove oruns
A mãe do julgamento e do trovão
Que a verdade possa iluminar
A fé em cada coração
Quando ecoar
O tambor que arrepia meu ilê
E o bem maior desbotar toda escuridão
O fogo que arde pra purificar
É mais uma chance de recomeçar
Reflete no olhar da criança
A paz de Oxalá