O prefeito do município de Juruá (AM), Dr. José Maria Júnior, distante 674 quilômetros de Manaus, lamentou no dia de hoje, 14, a saída espontânea, e em caráter particular, do médico Emilio Chavez Aliaga, peruano de nascimento, e atual médico regulador da Unidade Hospitalar de Juruá, cerca de 800 quilômetros de Manaus.
O médico solicitou o seu afastamento por entender que o salário de 55 mil reais, pagos mensalmente pela prefeitura, não supre suas necessidades.
O prefeito Dr. Júnior lamentou a decisão do pedido de desligamento do médico, considerado por ele “um excelente profissional e muito querido pela população, mas que respeitava o pedido do profissional que foi buscar melhorias salariais em outro município”, disse.
O prefeito lamentou que algumas pessoas e até alguns sites especializados em deturpar a notícia e que pratica jornalismo marrom, alardearam que a prefeitura devia três meses de salários para o médico, Dr. Emilio. “Isso é uma mentira descabida. Estamos rigorosamente em dia com os pagamentos do Dr. Emílio Chavez, temos os comprovantes de transferências bancárias na conta do Dr. Emílio. Ele saiu em busca de melhor salário para ele, o que é justo, pois ele é um grande profissional, e jamais tive qualquer atrito com o mesmo”, disse o prefeito.
O prefeito atenuou que a responsabilidade que cabe constitucionalmente às prefeituras municipais de todo o Brasil atender em 100 % a Atenção Primária, a Atenção Básica, no caso a contratação de médicos do programa Mais Médicos, e os postos de saúde que cada cidade possui, “no caso de Juruá nossas duas UBS”, disse.
“Em Juruá fazemos das tripas coração para pagar um salário de 55 mil reais para um médico-cirurgião, sendo que nossa obrigação não seria essa. Mas o fazemos por respeito à população sendo este um papel que é constitucionalmente do Estado”, disse.
O prefeito prosseguiu dizendo que é muito difícil contratar um médico que queria residir no município. “O salário é muito alto e não temos condições de manter”, disse.
Cidade já está com novo cirurgião
“Procuramos sempre ter muita agilidade e empenho nesses processos de contratação de médicos e profissionais, visando manter os quadros completos na rede pública. Para nós, a saúde é uma área que exige prioridade, por isso, não medimos esforços para oferecer um atendimento de qualidade à comunidade”, garantiu o prefeito já anunciando a contratação de um novo médico-cirurgião para a cidade.
Existe uma divisão de responsabilidades entre os três poderes: Federal, Estadual e Municipal. Cada um tem as suas funções, os seus limites de atuação, mas o ideal para o funcionamento do sistema de saúde nas cidades é a gestão conjunta de todos esses atores.
A Prefeitura é o principal órgão responsável pela área da saúde. O prefeito e a equipe de gestão dos serviços, pela Secretaria Municipal de Saúde, que são os responsáveis pelas ações e serviços de saúde naquele local. Logo, tanto a criação de políticas públicas municipais como a aplicação de políticas nacionais e estaduais devem ser feitas pela equipe do município.
O planejamento de ações no Sistema Único de Saúde em âmbito local dependerá de recursos próprios do município (mínimo de 15% de sua receita) e dos repassados pela União e pelo estado.
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