Imagens de câmeras de segurança flagraram um empresário do Distrito Federal espancando uma mulher dentro de um elevador do condomínio onde o casal mora. O caso ocorreu na madrugada da última sexta-feira (1).
Nas imagens é possível ver a vítima, de 34 anos, indo até o elevador do prédio, quando ela aciona o equipamento para chegar até o apartamento ela se depara com o companheiro, identificado como Cleber Lúcio Borges, de 55 anos.
Ele então começa a desferir os golpes contra a mulher. Dentro do elevador as agressões continuam, com a vítima recebendo socos e cotoveladas. A cena dura pouco mais de 1 minuto. Quando o equipamento chega ao andar indicado, ele sai e a mulher segue caída no chão, que aciona o botão para que as portas se fechem.
Segundo os agentes, até aquele momento, a vítima nunca quis denunciar o parceiro, sendo que já sofreu outras agressões anteriormente e não queria medidas protetivas da Justiça. Foi a mãe da vítima que acionou a Polícia Civil após a internação causada pelas agressões, pois a equipe médica identificou fraturas no rosto e edemas pelo corpo.
A investigação do caso segue em andamento, pois desde 2012, os processos ligados à Lei Maria da Penha não dependem da vontade da vítima, segundo entendimento do Supremo Tribunal Federal (STF).
“Nós vamos analisar a gravidade da situação. A polícia, a Justiça, o Ministério Público vão agir independente da vontade da vítima. Pra que? Para garantir a segurança da mulher, preservar a vida dessa mulher”, afirmou o delegado Marcos Loures ao portal g1 DF.
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Discussão sobre quem iria dirigir o carro
Segundo o delegado, a vítima disse que a briga começou devido um “desentendimento” na saída de um casamento. “Eles foram a uma festa de casamento e, na saída, se desentenderam por uma questão de quem ia conduzir o carro, quem ia dirigir. E acabaram, por uma questão pequena, tendo essa discussão”.
Cléber foi preso em flagrante na manhã desta quinta-feira (6), em casa, mas pagou fiança de R$ 25,9 mil e foi liberado. “Se não fosse o crime de violência doméstica, ele teria sido colocado em liberdade. Mas como ele também estava com a preventiva, ele continuou preso”, explicou o delegado
O empresário também mantinha duas armas de fogo e farta munição no apartamento sem qualquer autorização legal. Segundo a Polícia Civil, ele não tem porte nem registro das armas.
O que diz a defesa
Em nota enviada à TV Globo, o advogado Thyago Batista Ribeiro, que defende Cleber, disse que “as manifestações necessárias ocorrerão nos autos do processo”, e que o caso está em fase de apuração. A mensagem também afirma que “as condutas mencionadas não foram objeto de denúncia. Todas as medidas de defesa cabíveis estão sendo tomadas. O investigado tem total interesse na elucidação dos fatos e reitera sua idoneidade.”